Autor: Daniel Pereira da Silva (1984)
I
Ao Inicio de um ensaio,
O mestre já pediu a Deus,
Que lhe dê sabedoria divina,
Para sem exaltação ensinar aos seus.
II
Então ele distribui as partituras,
Faz considerações gerais, ritmo, tom.
Da uma olhada geral todos podem começar,
Atenção! e a batuta sobe, desce, sobe,
Apenas alguns começaram a tocar.
III
Então novamente uma olhada geral,
Então a batuta volta a subir...
E ele não perde a esperança,
Pois seu trabalho é feito,
Com muita luta e perseverança.
IV
Após os primeiros compassos,
Da partitura ensinar,
Com o coração cheio de esperança,
Acha que todos vão acertar.
V
Novamente a marcação... avisar...
A batuta recomeça a subir a descer.
Desta vez tudo perfeito,
Podes ver em sua face o prazer.
VI
E ele começa a se deliciar,
Com de cada instrumento o som,
Quando seus ouvidos experientes,
Percebem uma nota fora do tom.
VII
As vezes ele para na hora,
E com calma e abnegação,
Corrige aquela falha,
Para que haja perfeição.
VIII
Isto acontece 1, 2, 3 vezes ou mais.
Seus braços estão cansados.
Mas não desiste, recomeçar, avisar,
A batuta volta a se movimentar,
Mas todos continuam parados,
IX
Seu semblante decai, está cansado.
Se alguém demonstra vontade de continuar,
Sua forças renascem,
Tom, marcação avisar.
X
Agora sim, ele foi recompensado,
A execução está perfeita, há harmonia.
A batuta em sua mão, parece ter vida,
E seu rosto brilha de alegria.
XI
E isto me faz lembrar,
Que toda abnegação e amor,
São dados por nosso Deus,
É obra do criador.
FIM
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