Autor: Daniel Pereira da Silva (14/05/2009)
Nós hoje somos jovens, mas já fomos neném, criança e adolescente. Amanhã seremos pais, a seguir avós. Que muitos chamarão de idosos. E é ai que podemos imaginar a carreira de um idoso. O que ele pode nos contar?
I
Um dia estava no ventre de minha mãe,
Todos alegres por que eu estava a caminho, ia chegar.
Muitos sorrisos, escolha e sugestões de nome,
Todos queriam fazer alguma coisa, um jeito de ajudar.
II
Queriam conversar comigo estando eu no ventre,
Eu ouvia, não sabia falar nem tão pouco responder.
E se o fizesse não poderiam me ouvir,
E talvez que sabe? Não iriam me entender.
III
Mas chegou o grande e esperado dia,
Eu nasci trazendo muita alegria, todos a sorrir,
Minha mãe que sofreu tanto durante a gestação,
Fazia de tudo para sua alegria exprimir.
IV
Todos queriam pelo menos por um momento,
Ter-me no colo, ansiavam por esta criança embalar.
Comecei a descobrir as coisas, ficando ansiosa,
Tudo que estava por perto, lá ia a mão para pegar.
V
Diziam que eu era muito esperta
Começaram muitas coisas me ensinar,
Balbuciar as primeiras palavras,
E até queriam me ver sentar.
VI
Comecei a engatinhar balbuciar algumas palavras,
Na família e familiares só alegria e admiração.
Mas o que ninguém pensava, nem imaginava,
É que um dia eu teria a minha vida e nela decepção.
VII
Fui crescendo, estudando e me transformando,
Criança, depois adolescente jovem e adulto,
Casei-me, tive filhos, criei-os dando saúde e educação,
Transformei-os em doutores, catedráticos, cultos.
VII
Eles então foram cuidar de suas vidas,
Nisto tenho alegria sem fim,
Mas tudo que fiz por todos eles,
Fiz por cada um deles, não para mim.
VII
Agora virão os neto, e terei outras alegrias,
A alegria de pega-los no colo, alegria de vó.
Já antevejo eles correndo pela casa brincando,
Preenchendo o vazio desta casa, não estarei só.
VIII
Mas não posso esquecer em momento algum,
Que neste momento, é outra a realidade,
Trabalhei, criei os filhos, os filhos dos filhos,
E hoje só existe uma verdade.
IX
Sou pessoa de idade avançada, aposentada,
Que ajudei com o meu trabalho este país crescer.
Para o governo isto não vale nada,
Não tenho mais utilidade, não posso mais nada fazer.
X
Para meus filhos e meus netos, não há diferença,
Não tenho nada que os possa interessar,
E eu consciente desta dura realidade,
Fico aqui, neste lugar, vendo o tempo passar.
XI
O tempo que outrora passava rápido demais,
Hoje se arrasta... não quer passar...
Talvez por que hoje seja dia de visita,
Estou ansiosa esperando a minha chegar.
XII
Há ... esqueci de dizer, já arrumei a mesa,
Coloquei as cadeiras e estou bem perfumada,
Não sei por que estou preocupada e ansiosa,
Já olhei várias vezes, a mesa esta arrumada.
XIII
Estou muito preocupada, minha visita não chegou?
Preciso ter notícias, preciso sair e perguntar a alguém,
E pensando nisso, vou até a porta e pergunto, e a minha visita?
Por que você espera? Há anos não vem ninguém.
XIV
Eu sou uma pessoa idosa, toda vida dei carinho,
Hoje estou sofrendo neste lugar, sozinha,
Não entendo esta violência contra uma pessoa,
Que aguarda a morte que se avizinha.
XVI
Talvez pensem que violência,
É espancar ou deixar sem cuidados morrer,
Mas violência não é somente isso,
É também tirar o prazer de viver.
XVII
Violência é colocar em um local,
Onde possa ter do bom e do melhor,
Deixar abandonada sem sentir nem um remorso,
Não se preocupar com sua solidão, é não sentir Dó.
XVIII
Quando ainda neném queriam me ouvir falar,
Mas eu não sabia, e não podiam compreender,
Hoje eu sei falar quero falar conversar com alguém,
Mas nada disso interessa, eles não querem saber.
XIX
Gostaria de conversar, falar do que sempre me orgulhei,
Dos trabalhos de minhas mãos, que hoje tremem sem força,
Homens e mulheres que saíram de minhas intranhas,
Sentem vergonha de mim, envelheci, não sou mais moça.
XX
Mas um dia não muito distante, eles chegarão a minha idade,
Aí então descobrirão, o que fizeram comigo, e quanta violência,
Que precisam o que não me deram na minha velhice,
O que eu mais precisava, muito carinho, muito amor e paciência.
Que pena, não há mais tempo para corrigir, meu tempo acabou.
AOS AMANTES DA POESIA
AGRADEÇO SUA PRESENÇA, ESPERO QUE LHE AGRADE. CONTINUO CONTANDO COM SUA VISITA E COMENTÁRIOS,
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sexta-feira, 24 de julho de 2009
HÁ... VOCÊ.
Autor:Daniel Pereira da Silva
I
Um dia eu a vi pela primeira vez,
Sua pele morena, seu belo sorrir,
Você, jovem, na flor da mocidade.
Passei a pensar somente em ti.
II
Tentei saber quem era você,
Pensava em me aproximar,
Mas na minha timidez,
Só sabia te olhar.
III
Talvez você não percebesse,
Que meus olhos eram teus,
Ou quem sabe, não entendesse,
Que os teus precisavam ser meus.
IV
Fiquei a distância, olhando seus passos.
A cadência de seu caminhar,
O seu corpo balançando,
Gingando, pra lá, e pra cá.
V
Mas quem era eu?
Um adolescente que você não conhecia,
Nada tinha para chamar tua atenção,
Só eu não percebia.
VI
Mas eu propus ao meu coração,
Não deixa-lo morrer desta dor,
Fazer com que você me percebesse,
E te declarar meu amor.
VII
Mas a admiraria ainda mais,
Ao naquele dia, te conhecer.
Começar a pensar, a sonhar,
E nunca mais deixa-la de ver.
VIII
Admiro não só a mulher,
Mas também esta linda pessoa,
Que faz aos outros perceberem,
Que embora haja sofrimento, a vida e boa.
IX
O que você me ensinou,
Fez-me ser alguém,
E hoje tenho certeza,
Sem você não sou ninguém.
X
Às vezes até penso,
Que não consigo o que sempre quis,
Ver você alegre a sorrir,
Esbanjando alegria e feliz.
XI
Porque muitas vezes,
Vejo seu olhar no tempo parado,
Com problemas alheios,
Sofrendo, triste, preocupado.
XII
Porém se isso fosse possível,
Eu tiraria de você toda preocupação,
Não permitiria que nesta vida,
Você tivesse desilusão.
XIII
Mas agora o interessante é você,
Mulher conhecedora da vida,
Que Deus colocou ao meu lado,
Para ser adjutora, querida.
XIV
Quisera eu, falar só de você,
Mas não sei por onde começar,
E se eu conseguir,
Não sei se um dia vou terminar.
XV
As suas qualidades são tantas,
São tantos os seus feitos,
Que não consigo enumera-los,
Sem ver em mim defeitos.
XVI
A beleza de seus olhos, o brilho.
São como pérolas, preciosas,
Que são somente isto, pedras.
Mas as meninas de seus olhos, maravilhosas.
XVII
Hoje gostaria de saber expressar,
A tua superioridade em singeleza,
E com palavras mostrar,
Que é ai, onde reside tua beleza.
XVIII
Beleza que gosto de olhar,
Admirar a todo e qualquer instante,
Sentir por perto o seu cheiro,
Sofrendo quando estais distante.
XIX
Gosto de sentir tuas mãos,
De ouvir o som de sua voz,
De tê-la sempre por perto,
Não me sentindo a sós.
XX
Seu eu pudesse mensurar,
Daria para você um valor,
Que não poderia ser menor,
Do que o que sinto por você, amor.
XXI
Você é incomparável, inigualável.
Não, não conseguir te mostrar.
Ainda não inventaram a palavra,
Que pudesse te avaliar.
XXII
Mas se um dia isso acontecer,
E descobrirem isso ai,
Eu direi alto e em bom som,
Não conhecem a Sueli.
XXIII
Há... você é... Você.
Nisto está meu orgulho, profundo.
Nada que possa ser igual,
Não há similar no mundo.
FIM
I
Um dia eu a vi pela primeira vez,
Sua pele morena, seu belo sorrir,
Você, jovem, na flor da mocidade.
Passei a pensar somente em ti.
II
Tentei saber quem era você,
Pensava em me aproximar,
Mas na minha timidez,
Só sabia te olhar.
III
Talvez você não percebesse,
Que meus olhos eram teus,
Ou quem sabe, não entendesse,
Que os teus precisavam ser meus.
IV
Fiquei a distância, olhando seus passos.
A cadência de seu caminhar,
O seu corpo balançando,
Gingando, pra lá, e pra cá.
V
Mas quem era eu?
Um adolescente que você não conhecia,
Nada tinha para chamar tua atenção,
Só eu não percebia.
VI
Mas eu propus ao meu coração,
Não deixa-lo morrer desta dor,
Fazer com que você me percebesse,
E te declarar meu amor.
VII
Mas a admiraria ainda mais,
Ao naquele dia, te conhecer.
Começar a pensar, a sonhar,
E nunca mais deixa-la de ver.
VIII
Admiro não só a mulher,
Mas também esta linda pessoa,
Que faz aos outros perceberem,
Que embora haja sofrimento, a vida e boa.
IX
O que você me ensinou,
Fez-me ser alguém,
E hoje tenho certeza,
Sem você não sou ninguém.
X
Às vezes até penso,
Que não consigo o que sempre quis,
Ver você alegre a sorrir,
Esbanjando alegria e feliz.
XI
Porque muitas vezes,
Vejo seu olhar no tempo parado,
Com problemas alheios,
Sofrendo, triste, preocupado.
XII
Porém se isso fosse possível,
Eu tiraria de você toda preocupação,
Não permitiria que nesta vida,
Você tivesse desilusão.
XIII
Mas agora o interessante é você,
Mulher conhecedora da vida,
Que Deus colocou ao meu lado,
Para ser adjutora, querida.
XIV
Quisera eu, falar só de você,
Mas não sei por onde começar,
E se eu conseguir,
Não sei se um dia vou terminar.
XV
As suas qualidades são tantas,
São tantos os seus feitos,
Que não consigo enumera-los,
Sem ver em mim defeitos.
XVI
A beleza de seus olhos, o brilho.
São como pérolas, preciosas,
Que são somente isto, pedras.
Mas as meninas de seus olhos, maravilhosas.
XVII
Hoje gostaria de saber expressar,
A tua superioridade em singeleza,
E com palavras mostrar,
Que é ai, onde reside tua beleza.
XVIII
Beleza que gosto de olhar,
Admirar a todo e qualquer instante,
Sentir por perto o seu cheiro,
Sofrendo quando estais distante.
XIX
Gosto de sentir tuas mãos,
De ouvir o som de sua voz,
De tê-la sempre por perto,
Não me sentindo a sós.
XX
Seu eu pudesse mensurar,
Daria para você um valor,
Que não poderia ser menor,
Do que o que sinto por você, amor.
XXI
Você é incomparável, inigualável.
Não, não conseguir te mostrar.
Ainda não inventaram a palavra,
Que pudesse te avaliar.
XXII
Mas se um dia isso acontecer,
E descobrirem isso ai,
Eu direi alto e em bom som,
Não conhecem a Sueli.
XXIII
Há... você é... Você.
Nisto está meu orgulho, profundo.
Nada que possa ser igual,
Não há similar no mundo.
FIM
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